sábado, 29 de novembro de 2008
Sereia da Terra
Dor... Já nem sei quem sou
Azulejos frios, apagados
Dor de apenas uma cor
O tom azul infinito de um céu
Cortado em mosaico
Pedaços separados em diferentes barcos
Joguei-me ao mar
Joguei-me em seus braços
Frágil amparo
Ao longe eu não escutei o vento chamar
E a embarcação coroada de azulejos
Mais do que frios me observava
Afundar
Desprendiam da alma os meus sonhos
Que algum dia subirão à superfície
Doces e tranquilos
Como eterna espuma de criança...
Frida Khalo,Julien Levy,1938.
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2 comentários:
Lu,
Sem dor não somos nada
Nem escrever, nem pensar
Nem Orfeu tocar sua Lira
Em homenagem, tão boas lembranças
A real beleza se demonstra pelo sofrimento
é o que, de tão pura, bela e sublime
sua poesia mostra, sua dor
Parabéns,
Pedro
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