quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Bilhete sobre a mesa

De todo amor vai se partindo o encanto
Hoje eu arrancaria qualquer pedaço de mim
Fui, bati sem olhar a porta da primeira felicidade
Apenas o frio como companheiro
A cadeira está vazia, o prato está vazio, o corpo está vazio
Não... Deixo apenas pedaços mal feitos, tortos, feios, enferrujados
Maldita herança
Meu rosto perfurado na saudade das tuas mãos,
E esse espaço também vazio por onde
Escoa a água suja da minha alma
Deixaste o ruído ligeiro, som perdido
Das palavras passadas
Dos meus pés intactos e puros
Abro um velho caminho, das vezes fugidas
Ultima pá de terra...
E por onde ofereço ao tempo a
Incapacidade de voltar a amar...

Um comentário:

Tiago Moralles disse...

"Deixo apenas pedaços mal feitos, tortos, feios, enferrujados
Maldita herança"

Muito bom isso.